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Endometriose: Pistas Astrológicas para uma Vida mais Saudável

Tens uma questão?
Image Fotografia de Aarón Blanco Tejedor
Desafios 2017.12.02

Até há bem pouco tempo, nunca me tinha ocorrido procurar na Astrologia as respostas para questões de saúde física. Passei uma boa parte da minha vida profissional na área da Saúde, e foi na Medicina e na Biologia que sempre tentei saber mais sobre o que nos torna fisicamente saudáveis – ou não tão saudáveis.

Recentemente, uma amiga de longa data (chamemos-lhe M.) trouxe-me um desafio interessante. M. é uma trintona bem-humorada que sofre há alguns anos de endometriose. Esta é uma doença crónica que atinge o aparelho reprodutor de muitas mulheres, e que causa sintomas variados que vão desde dores abdominais intensas até à infertilidade. Não tem cura, o tratamento convencional consiste em contracetivos orais e cirurgia. M. já foi operada para remoção de quistos dos ovários, e até há pouco tempo vivia na eminência de ter de voltar “à faca”.

No final de 2014, M. pediu-me que tentasse “ver” no seu mapa astrológico alguma coisa sobre este assunto. Curiosa, procurei informação sobre Astrologia Médica, uma das vertentes da Astrologia menos divulgada atualmente mas com raízes profundas e antigas (as suas origens remontam às da própria Medicina, a Hipócrates e à teoria dos Quatro Humores que hoje relacionamos com os quatro elementos).

Descobri que existem no mapa astrológico (pelo menos) dois indicadores importantes sobre a capacidade do corpo se manter saudável. O signo Ascendente (e o planeta que o rege) reflete a nossa vitalidade básica, e o regente da casa 6 (a dos processos físicos) a nossa eventual predisposição para determinadas doenças.

No caso de M., o regente do Ascendente é a Lua, que surge oposta a Vénus. Este conflito entre os dois símbolos maiores de tudo o que é feminino sugere, à partida, uma possível fragilidade na saúde íntima. Mas seria isso suficiente para explicar a endometriose de M.?

Olhando para a casa 6, o seu regente é Júpiter, que está retrógrado em Virgem. Ora Júpiter, planeta da expansão e do otimismo, sentir-se-á encurralado num signo tão modesto e prudente como Virgem. Estando retrógrado, denota a necessidade de se apurarem e amadurecerem as suas qualidades com muito esforço consciente – tarefa para uma vida inteira. Investigando o papel de Júpiter na Astrologia Médica, percebo que está associado ao fígado – um dos órgãos mais importantes na Medicina Ocidental Antiga como na Medicina Tradicional Chinesa.

O fígado é responsável pelos processos de desintoxicação do nosso organismo. Conhecendo o perfecionismo naturalmente associado ao signo de Virgem, não é difícil antever aqui uma grande “ansiedade” nesses processos, uma dificuldade em “fazer fluir” toda a função hepática. É como se tivéssemos uma grande máquina que devia operar 24h/dia (Júpiter/fígado), e um operário que permanentemente pára a máquina para limpar aqui, olear ali, substituir isto e aquilo (Virgem). E assim a máquina/fígado funciona aos soluços, com medo que o mais pequeno grão de areia lhe estrague as engrenagens.

Regressando ao mundo da ciência médica, pesquisei aturadamente sobre o fígado e a sua possível relação com a endometriose. M. já me tinha falado que sentia algumas dificuldades digestivas, cansaço e dores de cabeça associados a refeições pesadas, etc. Suspeitava de um fígado mais “sensível” (ainda que as análises estivessem normais), mas nunca lhe tinha ocorrido associar o fígado à endometriose.

Felizmente, essa associação já foi feita por várias equipas de investigação, e a explicação é bastante simples: o fígado contribui (e muito!) para o equilíbrio hormonal, pois elimina o estrogénio em excesso ao longo do período menstrual. Com um fígado “preguiçoso” vem um desequilíbrio hormonal que pode bem causar vários distúrbios reprodutivos – incluindo a endometriose.

Costumo dizer que a Astrologia é ótima a fazer diagnósticos mas não passa receitas milagrosas a ninguém! O que acontece é que um bom diagnóstico já é metade da cura – para quem está disposto a assumir a responsabilidade pelo seu bem-estar.

Foi o que fez M.: pesquisou muito sobre como manter o fígado saudável, e descobriu umas quantas dicas importantes. Comer bastante disto, e mais daquilo. Evitar isto, aquilo e aqueloutro. Exercício físico frequente, descansar bastante, aprender a lidar com o stress e com a ansiedade.

Resultado? Um ano depois do último exame, e dois meses depois de uma grande mudança de hábitos alimentares e de vida, M. viu o seu quisto do ovário diminuir 40% (!). “O que quer que esteja a fazer, continue!” disse-lhe o médico.

É que estar bem, viver forte e saudável, depende primeiro de cada um de nós. A medicina convencional ajuda, como também as terapias alternativas, a meditação, a nutrição. Mas compete-nos conhecermo-nos por inteiro, mente, alma e corpo. Escutar o que vai cá dentro, tomar consciência do caminho para o nosso próprio bem-estar, e seguir por aí. Sem preconceitos nem medos, com sentido crítico q.b. e força de vontade a rodos, tudo é possível.

Obs: Agradeço à M. a generosidade de me ter deixado partilhar aqui a sua história. O seu desejo é que sirva de inspiração a todas as mulheres que vivem com endometriose. 

Para mais informação (e casos reais) sobre tratamentos naturais para endometriose/fígado:

http://www.sensiblehealth.com/Journey-05.xhtml

http://honorableherbals.com/endometriosis-and-menopause.html

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